sábado, 6 de novembro de 2010

Marly Amarilha


 Ph.D. University of London - 1990
Mestrado em Literatura Brasileira.
Universidade Federal de Santa Catarina. 1981



Estão mortas as fadas?- Literatura infantil e prática pedagógica.
-
7ª ed. Vozes, 2006.

Este livro apresenta uma coletânea de textos derivados de pesquisas sobre a presença da literatura na escola. Discute a importância da leitura na formação cognitiva, lingüística, comunicativa e psicológica da criança. Argumenta, sugere e ilustra sobre a necessidade de implementar práticas pedagógicas prazerosas e regulares, como contar e ler os textos dos contos de fadas, para assegurar uma relação escolar bem-sucedida, visto que a leitura é ferramenta instrumental na cultura letrada. Baseia suas reflexões na estética da recepção que assegura papel de destaque ao leitor no processo comunicativo com o texto, fato ignorado na prática escolar que entende o texto como algo definitivo que não necessita da colaboração do leitor para se constituir em significativo. Analisa e demonstra o diálogo dos contos de fadas com as produções literárias contemporâneas como forma também de justificar sua presença na escola hoje.
O texto é indicado para professores de educação infantil, ensino fundamental e médio e alunos de Letras, Pedagogia, Psicologia, Ciências da Informação e Comunicação.
Segue o prefácio da obra.
Da teoria à prática: ler pode ser a saída
O tratamento dado à promoção da leitura no Brasil, historicamente, como já registrei em documento que encaminhou as conclusões da longa pesquisa – Por uma Política Nacional de Leitura (Rio, FBN, 1992) – está pontuado por equívocos. Toma-se o acesso ao material escrito – leia-se compra maciça de livros para bibliotecas e escolas – como solução final, imediata e prática, para o incentivo ao ato de ler. Ledo engano. O livro pode ser o suporte mais fascinante e complexo das narrativas e informações fundamentais de nossa cultura, mas ele corre o risco (e o desenlace pode ser fatal) de cair em mãos de quem não vê necessidade em ler, nem descortina prazer nesta ação.
Trabalhar a promoção da leitura, inevitavelmente, passa pela formação do leitor, com uma pedagogia e uma teoria renovadas à luz da interdisciplinaridade e do resgate do homem, indivíduo, cidadão que precisa sentir-se sujeito histórico para interagir no ato de ler. E não apenas livros, mas imagens e outras linguagens com o repertório de sua vivência e com o acervo cultural que lhe sustenta uma visão do mundo.
São raros os profissionais que, mantendo o rigor científico exigido pela academia, logram colocar em prática suas “leituras” e escrever, com sua experiência documentada, uma alternativa para os limitados modelos de técnicas e receitas fechadas, com que a escola tem-se enganado.
O rompimento de círculo vicioso – quem pensa, não precisa fazer, quem faz não precisa pensar – só pode ocorrer no investimento de valorização dos sujeitos, ímpares, cujo movimento próprio, uma vez despertado, buscará energia em fontes diversas e de forma livre, optando a cada vez pelo que lhe parecer mais adequado segundo as situações que vive.
Este descortínio e esta opção política na formação de leitores advém de pensadores que não pretendem formar seguidores e “fazer escola” no sentido clássico do termo – recusam a imitação e a multiplicação dos modelos, pelo simples fato de que não lidam com séquitos e não buscam prêmios que o de ver um leitor potencial abrir-se à experiência fulgurante da leitura e daí tomar o rumo da cidadania consciente, do exercício crítico permanente das histórias com que se vê envolvido.
Em outras palavras, Marly Amarilha é gente rara. Decidida a não fazer do saber um gueto próprio que lhe renda apenas insígnias, currículo e cargos, atirou-se à tarefa de realizar seu compromisso de educadora com o Rio Grande do Norte, a partir de pesquisas que pudessem favorecer mudanças efetivas nas práticas pedagógicas dos responsáveis (professores, bibliotecários, pais) pela formação de novos leitores.
Os textos publicados de Marly e o que ora chega ao público têm o rigor desta ética não desprezível num país em que os governos depreciam a educação, superficializam a cultura, com decisões equívocas, pois escoradas apenas em seus interesses circunstanciais. Talvez manter a postura coerente, dento e fora da academia, possa significar, no mínimo, solidão; no máximo, só o educador sabe a que ônus se verá exposto.
A leitura desta obra ilustra o trato teórico, o percurso metodológico, a avaliação cuidadosa de quem, sabendo-se “masgister”, dispõe-se a prender, e mais: confirma no fazer, um pensar endossado por discursos e descartado na prática: a arte, a literatura em especial, é uma forma de conhecimento do mundo que amplia os limites da consciência.
Este desafio da esfinge – que enigma guarda o sistema educacional para mostrar-se tão indiferente a uma possibilidade efetiva de alteração da vida social? – este desafio Marly Amarilha o enfrenta com serenidade e humildade, vale dizer, sabedoria. E mais: partilha com seus alunos e pares, de modo acessível e sem empolações, as lições de vida que foi recolhendo. Formar leitores entre docentes é a saída que resta à escola para não perder seu papel social.
Ler esta obra é uma iniciação preciosa.
Eliana Yunes
PUC-Rio e Cátedra UNESCO de Leitura


- Educação e leitura- EDUFRN, 2000. (esgotado)
A preocupação que orienta os textos deste volume é a formação do leitor com destaque ao professor-leitor que prepara as novas gerações de leitores. Considerando os aspectos cognitivos, sociais e afetivos que circulam durante a leitura, cada artigo discute a relação leitor-texto-leitor nessa comunidade de intérpretes, particular, que é a escola. Desenvolver a formação de leitores, nesse contexto, e valorizar a mediação qualificada do professor é tarefa maior e reflexão necessária. Em torno dessa problemática, os estudos e pesquisas baseados em postulados da estética da recepção, da psicolingüística e do interacionismo levam em conta os seus desdobramentos no cotidiano escolar, principalmente. O volume contempla também a perspectiva, em contraste, sobre o sentido de carência daqueles que não chegam à escola e alimentam assim, a história da leitura interditada.
- Educação e Leitura: trajetórias de sentidos.- Editora UFPB, 2003.
O leitor pode transitar por este volume escolhendo a trajetória da pesquisa que está apresentada na primeira parte sobre leitura de professores ou, percorrer as discussões de outros interlocutores a propósito da leitura e as diferentes linguagens: a fotografia; a imagem; a internet. Qualquer que seja o trajeto escolhido, as questões instigam a pensar sobre as múltiplas referências que desafiam o leitor contemporâneo, mais ainda os professores de leitura ficcional, participantes da pesquisa que orienta este livro.
Discutindo textos de autores como Jorge Luis Borges; Dorothy Parker; Ítalo Calvino, Marina Colasanti, por exemplo, os professores revelaram-se como leitores, mostrando e sinalizando sobre os caminhos que seus colegas e seus alunos também poderão percorrer. A descoberta do professor como leitor valoriza sua participação na rede de cultura leitora e ainda aponta para os percursos e as contribuições da sensibilidade e da mediação na atividade de ler.
.
- Bem-quer-ler.- Fundação Biblioteca Nacional/Casa da Leitura, 1996. (Esgotado)
Pesquisa sobre a relação do professor com a leitura literária, o livro e a biblioteca*. Revela o profissional em conflito com sua condição de professor – que deve gostar de ler, e a precária disponibilidade para manter-se leitor. Segundo relata, falta-lhe tempo e recurso financeiro para a aquisição de material bibliográfico. Apesar dos limites financeiros, raros professores estão cadastrados em bibliotecas públicas.

* Foram entrevistados professores do ensino fundamental da rede pública do Rio Grande do Norte (CNPq, 1995).
- A criança e a leitura.- Anais. UFRN, 1995.
A criança e a leitura. Anais. UFRN, 1995.
Apresenta discussões sobre a formação do leitor infantil e juvenil; a criança e a televisão e a formação leitora oferecida pela escola.
 
 

- 1º Seminário Educação e Leitura.- Anais UFRN, 1996. (Esgotado).
Coletânea dos textos de pesquisas realizadas pelo grupo “Ensino de Leitura e Literatura”. Contém texto da palestra da escritora Sylvia Orthof.
 
 
 
 
- Alice que não foi ao País das Maravilhas.
-
A leitura crítica na sala de aula
- Vozes, 2006
Belo, desafiador e oportuno o projeto apresentado pela professora e pesquisadora Marly Amarilha: “reafirmo o desejo de que estudos desenvolvidos na academia cheguem aos professores de maneira a subsidiar sua jornada cotidiana em sala de aula”.
No Brasil, não descobrimos ainda, na extensão necessária, o poder explosivo da articulação dinâmica dos saberes acadêmico e profissional. Condição indispensável de transformação e avanço cultural e social, num mundo cada vez mais complexo, a aproximação pretendida rende frutos magníficos quando conduzida com o discernimento, talento e seriedade que marcam o percurso da professora da UFRN. Interagindo sem meios-termos nem paternalismos com o terreno vivo e fértil da Educação, a pesquisadora coloca-nos questões novas e essenciais envolvendo a formação de leitores, bem como os caminhos da literatura e da cultura em nosso país. Os ensinamentos interessam a uma gama variada de professores e estudantes, especialmente das áreas de Educação, Letras, Psicologia, Comunicações e Biblioteconomia, dentre outros. Mas interessam também a todos aqueles que se preocupam com os destinos do nosso país. Na realidade, resultantes de anos de pesquisa sistemática, os textos aqui reunidos, não só alimentam com olhares novos a teoria e prática da leitura e da literatura na escola, como recolocam de modo novo e instigante a problemática das relações entre Conhecimento e Sociedade, no Brasil, abrindo espaço para práticas educativas renovadas, como também para a redefinição da ordem dos saberes vigente entre nós. Nos trabalhos da Profa. Amarilha, a ciência dialoga - e aprende! - com a sociedade e não se sobrepõe a ela. Por outro lado, não se submete, não se banaliza nem abre mão do rigor para se fazer compreender.  Um jogo e tanto para nós leitores! A leitura oferecida nos coloca em risco, como acontece sempre que inteligência e sensibilidade se aliam em favor do aperfeiçoamento social e pessoal.

Edmir Perrotti
Escola de Comunicações e Artes
Universidade de São Paulo

Chá de casa nova

Chá de casa nova
um charme só...

Bebesssssss

Bebesssssss
Um encanto de inspirações

Postagens populares

6. SEL SEMINÁRIO EDUCAÇÃO E LEITURA

Foi o maior sucesso! o nosso encontro reuniu diversas pessoas, pesquisadores, professores, estudantes, escritores,amigos. Um mundo de diversidade cultural e profissional. Agradecemos a presença de todos os estados do Brasil e de alguns países. Foi um prazer enorme compartilhar tantos momentos gratificantes e educativos com toda a equipe da organização. Vamos torcer para que o 7 sel possa ser tão prazeroso como este. Feliz 2011!!!!



Claudinha:



Você é uma danada. Já li seu blog, percebo que está se interessando em divulgar eventos acadêmicos atividade que aprendeu na iniciação científica. Parabéns...

A nossa equipe hoje se chama "grupo de pesquisa Ensino de Linguagem, linha de pesquisa: educação, leitura e formação do leitor". Temos fotos ótimas do 6o SEL, depois pegue uma

para você atualizar no blog.

Abraço,

Marly


6. SEMINARIO EDUCAÇÃO E LEITURA

6. SEMINARIO EDUCAÇÃO E LEITURA
Ensino de Linguagem - UFRN

I Mostra de Literatura Surda

I Mostra de Literatura Surda
Escola tecnica federal NATAL-RN 13 de novembro de 2010

BOAS FESTAS!

BOAS FESTAS!
Saúde, Sucesso,Sorrisos

FELIZ 2011!

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém.

Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim,

e ter paciência para que a vida faça o resto.



William
S.