quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Uma pequeno bate papo sobre a análise crítica dos contos de fadas

Postagem no Blog Nerd somos Nozes :

Realmente concordo com sua análise dos contos de fadas, é real mas não é somente isso. Sim, estas histórias eram escritas em épocas em que crianças eram vistas como adultos pequenos e que a única diferença estava no tamanho. Há ainda a análise vista pelo lado social e politico, onde todos os contos possuem sua marca como a nossa querida chapeuzinho vermelho "por que será que ela tinha que usar um capuz e ainda por cima vermelho?". Todas as histórias tem a suas versões, e todos nós temos as nossas próprias visões. Entretanto, hoje, todas essas belas histórias são para as nossas crianças, os verdadeiros contos de fadas, onde elas enfocam principalmente as princesas, a magia, a músicalidade das palavras. Além de ser educadora e ter trabalhado como pesquisadora na área de literatura infantil, tenho a experência viva e crescente em casa, depois de ter me tornando mãe. A Disney veio embelezar estas histórias, talvez tenham fugido do real em busca do melhor(mesmo que tenha sido só para o melhor deles, financeiramente falando), e que o que restou para nós foi admirar. Aceito o fato das críticas e tudo mais, é para isso que crescemos, mas enquanto as crianças são crianças, deixemos que elas vivam essam magia e recriem seus prórpios contos. Elas não maldam, eles reconhecem as maldades e se perguntam o por que delas existirem. Elas não procuram sexo, um beijo é simplismente a forma mais sincera e carihosa que elas conhecem de demonstração de afeto. As maldades são nossas. Nos novos filmes da Disney revejo uma mudança mais cuidadosa tratando de assuntos como morte e diferenças. Antes os filmes mostravam as cenas de morte, hoje eles apenas induzem as crianças a visulizar o fato. O próprio traço dos desenhos mudaram, antes eram desenhos adultos, perfeitos, humanos,hoje: redondos,coloridos,fofinhos...preste atenção!!!!São as crianças que deduzem quem morreu, quem é bom,quem não é amigo.Acredito que o papel mais importante é o nosso, de pai, de tio, amigo, irmão, vizinho. Somos nós que devemos ver certas maldadaes e ensiná-los a identificar os perigos do mundo sem precisar achar um culpado. Este é o mundo em que vivemos temos que dançar conforme a valsa. Fugir quando preciso como cinderela, fechar os olhos como Bela adormecida, brigar como chapeuzinho, perdoar como A Bela da fera, batalhar como A princesa e o sapo, Chorar como João e Maria, e amar, sempre, como Geppeto. Os contos estão vivos, sejam eles de fadas ou não. Os contos são culturais e cada lugar do mundo tem o seu. Não devemos somente criticar devemos sim aprender a escutar. A leitura é algo que somente o leitor tem o poder de decidir o que é bom ou ruim para ele. Então ao "contar" um história, seja o mais neutro possível para que a sua opinião não interfira na leitura de quem estiver ouvinho. No mais, adorei os comentários e se pudesse ficaria o dia todo falando sobre isso, mas o dever me chama e tenho que colocar mais um "filminho" para meus filhinhos. Sucesso!

Pinóquio universal

Considerado por Benedetto Croce como “o mais belo livro de literatura infantil italiana”, Pinóquio é uma obra que percorre o mundo. Graças à sua força narrativa, reedições (a primeira edição de 1883 já foi reeditada cerca de 150 vezes), traduções e retraduções, a obra-prima de Collodi é um clássico dentro e fora da Itália.

Carlo Collodi, o autor de Pinóquio, iniciou sua produção literária para crianças em 1866 traduzindo contos de fadas franceses (Perrault, Mme. Leprince de Beaumont, Mme. d’Aulnoy), que foram reunidos na publicação Racconti delle fate (Contos de fadas), de 1875. Collodi também escreveu livros para o ensino fundamental, o que fazia com grande habilidade linguística e estilística, unindo narração e divulgação de conhecimentos científicos e literários. É, por isso, considerado um benemérito da educação pública na Itália. Em 1881, publicou no Giornale per i bambini (Jornal para crianças) o primeiro capítulo de Storia di un burattino (História de um boneco), que deu origem ao livro Le Avventure di Pinocchio (As aventuras de Pinóquio).

Inicialmente, a história de Pinóquio foi publicada em 26 capítulos, de julho de 1881 a janeiro de 1883, com algumas interrupções; a composição seriada pode estar por trás de certas faltas de lógica na narrativa apontadas pela crítica. O sucesso veio logo depois da publicação dos dois primeiros capítulos. Collodi terminara a história com o capítulo em que Pinóquio foi enforcado, porém, por causa dos insistentes pedidos dos leitores, estendeu a obra até o capítulo 26, no qual Pinóquio se transforma em um menino de verdade. Os 26 capítulos foram reunidos em livro em fevereiro de 1883 por Felice Paggi, com ilustrações de Enrico Mazzanti, com o título Le avventure di Pinocchio. No livro, Collodi introduziu algumas mudanças: procedeu a uma nova divisão em capítulos, que passaram a ser 36, e acrescentou um sumário introdutório detalhado antes de cada capítulo.

Como se sabe, As aventuras de Pinóquio narra a história de um boneco de madeira feito por Geppetto, um homem velho e pobre. A madeira, porém, é mágica, de modo que, depois de pronto, o boneco começa a se mexer e agir como um menino de carne e osso. Como tantos meninos, é desobediente, não ouve os conselhos dos mais velhos e prefere divertir-se em vez de ir à escola, mas é ingênuo e tem um bom coração. Um dos traços típicos de Pinóquio é que quando mente seu nariz cresce, uma imagem tão acertada de Collodi que é conhecida mesmo por aqueles que nunca leram o texto. Geppetto se afeiçoa a Pinóquio e o trata como um filho. Quando Pinóquio sai de casa para ir à escola, envolve-se em diversas aventuras e dificuldades. Finalmente, através de seu próprio esforço, e com o auxílio da Fada dos Cabelos Azuis, Pinóquio se transforma num menino de verdade.

A história de Pinóquio foi escrita no período da Restauração da Itália, ou seja, do recém-formado Reino da Itália, que congregava regiões com grandes diferenças históricas, de ordem política, administrativa, social, civil e linguística. Collodi, porém, escreve para as crianças sem se ater às regras moralístico-religiosas da época. A infância é um tema central na sua obra, tanto nos livros escolares como nos de ficção. Os críticos costumam distinguir em sua obra duas interpretações da infância: a histórica, diferenciada por classes sociais, e a simbólica.

A infância simbólica está presente em Le avventure di Pinocchio. O próprio nome escolhido para o protagonista é simbólico; “pinocchio”, em italiano, significa “seme comestibile dei pini” (semente comestível dos pinheiros), portanto, ligado à madeira, material de que foi feito o boneco. Esse personagem resulta da fusão dos dois modelos de criança: o menino de rua e a criança burguesa; é também o arquétipo da criança simbolizando a essência comum a essas duas infâncias opostas. Apesar de ter vivido no século 19, quando prevalecia uma ótica pedagógica moralista na literatura para crianças, Collodi mostra, de forma intuitiva, principalmente em Pinóquio, um enfoque da literatura infantil que só se generalizaria no século 20. Diferentemente de outros livros para crianças, escritos para adultos e depois adaptados para os leitores mirins, Pinóquio foi escrito diretamente para as crianças.

Pinóquio é uma história que percorre o mundo, graças à tradução. Um dos últimos levantamentos diz haver 260 traduções em diversas línguas, além de inúmeras transposições cinematográficas, teatrais, em quadrinhos e em vários dos novos formatos digitais. O livro é, também, objeto de estudo em dieferentes áreas, da pedagogia à linguística, da psicanálise à economia. Aliás, em uma passagem do livro Geppetto diz que gostaria de fazer para ele um belo boneco de madeira, um boneco maravilhoso que soubesse dançar, dar saltos mortais, e que com esse boneco gostaria de viajar pelo mundo. O desejo de Geppetto parece ter se realizado, pois Pinóquio se transformou em personagem universal.

A carreira internacional de Pinóquio começa em 1891 na Grã-Bretanha, onde a primeira tradução para o inglês foi acolhida de forma entusiástica. Essa tradução é difundida em todo o âmbito de língua inglesa, entre outros Irlanda, Estados Unidos e vários países asiáticos. A primeira tradução norte-americana é de 1901 e foi seguida pela tradução francesa em 1902 e uma adaptação para o alemão em 1905. No período compreendido entre 1911 e a Segunda Guerra Mundial foram publicadas traduções de Pinóquio não só em línguas européias, mas em diversas línguas da Ásia, da África e da Oceania. As adaptações para o cinema começaram em 1911 (com filme mudo, colorido a mão, de cerca de 30 minutos de duração) e muitas outras se seguiram, como a famosíssima versão de 1940, da Disney, e a de Roberto Benigni, que está muito próxima da história escrita por Collodi, e foi lançada na Itália em 2002, ou ainda o filme Hinokio, de Takahiko Akiyama, que recebeu o prêmio de melhor filme infanto-juvenil no Festival do Rio de 2005.

No Brasil, a obra de Collodi chegou tardiamente. Isso talvez se explique porque, embora o país apresentasse um panorama propício à produção cultural devido à urbanização e à ampliação do ensino, a incipiente indústria editorial enfrentava muitas dificuldades. Entre estas estavam as altas taxas de importação sobre o papel e a polpa; a concorrência com os livros importados de Portugal, isentos de impostos; e o reduzido número de leitores devido à alta taxa de analfabetismo. Como resultado dessa situação, conforme constatou Lia Wyler em Línguas, poetas e bacharéis – uma crônica da tradução no Brasil (2003), muitos livros brasileiros eram impressos em Portugal e na França.

Somente após 1930, com a aprovação das leis trabalhistas, educacionais e eleitorais no governo de Getúlio Vargas surgiram condições mais favoráveis à produção de livros no Brasil. A difusão do “ideário estado-novista” dependia da alfabetização, o que incentivava a produção de livros. Porém, a censura do governo impedia a tradução de muitas obras. A tradução de livros infantis foi uma opção a que se dedicaram muitos escritores e editores. Monteiro Lobato realizou e publicou, em 1933, a primeira tradução de Le Avventure di Pinocchio no Brasil. Após a pioneira tradução brasileira de Lobato, muitas outras se seguiram. Assim, apenas entre 2002 e 2008, foram publicadas nada menos do que nove diferentes traduções em português do Brasil.

Dentre elas, destacam-se as traduções de Monteiro Lobato, na sua 15ª reedição em 2004; a de 2005, com tradução de Aurea Marin Burocchi, pela editora Paulinas, edição crítica, lançada por ocasião das comemorações do centenário de Pinóquio; a tradução de Marina Colasanti, de 2002, pela Cia das Letrinhas, com reedição em 2008, que recebeu da FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil), em 2003, o Prêmio Monteiro Lobato, categoria “A melhor tradução/crianças – hors concours”, além de integrar a coleção de títulos entregues, no ano de 2002, pelo PNE (Programa Nacional da Escola), do Ministério da Educação, para a formação de bibliotecas e para estimular a leitura nas escolas públicas brasileiras do ensino fundamental.

Leonardo Arroyo afirma que Collodi foi um dos autores que mais contribuíram para o desenvolvimento da literatura infantil no Brasil. Cabe notar que Pinóquio é das poucas obras italianas presente nos catálogos das principais editoras que publicam literatura infantil traduzida, pois é um clássico que continua a nos encantar: adultos e crianças.

 

O verdadeiro Pai de Pinoquio

Carlo Collodi não era o seu verdadeiro nome, antes um pseudónimo usado por Carlo Lorenzini. Mas foi por Carlo Collodi que ficou mundialmente conhecido. Nasceu em Florença em 24/11/1826 e aí passou ao Oriente Eterno em 26/10/1890. Foi jornalista, escritor e combatente voluntário na Guerra de Independência de Itália, entre 1848 e 1860.
Publicou as obras "Gli amici di casa" e "Un romanzo in vapore. Da Firenze a Livorno. Guida storico-umoristica", por volta de 1856. O seu primeiro livro infantil foi publicado em 1876 e intitulou-se "Raconti delle fate". Em 1877 escreveu "Giannettino" e no ano seguinte " Minuzzolo". Em 1881, inicia a publicação de um periódico virado para o público infantil, o "Giornale per i bambini". Foi nesse peródico que originalmente foi publicada, em curtos capítulos, a "Storia di un burattino" (História de um Boneco), o primeiro título do que veio a ser o livro mundialmente conhecido por "Aventuras de Pinóquio", a sua obra-prima. Em 1887, publica ainda "Storie allegre".
A condição de maçon de Carlo Collodi, apesar de não estar confirmada por nenhum documento oficial, é indisputadamente reconhecida. Aldo Molla, profano que, em Itália, é geralmente reconhecido como o historiador ofical da Maçonaria, manifesta essa certeza. Vários elementos biográficos de Carlo Collodi parecem confirmá-la: a criação em 1848 de um jornal chamado "Il Lampione", que, como ele dizia, devia "iluminar todos aqueles que vagueavam nas trevas"; a participação na Guerra da Independência integrado nos voluntários toscanos, em 1848, e a sua, também voluntária, integração no exército piemontês em 1859; a sua extrema proximidade ao reconhecido maçon Mazzini, de quem se declarava "discípulo apaixonado".
Os princípios caros à Maçonaria expressos na trilogia Liberdade - Igualdade - Fraternidade estão expressos nas "Aventuras de Pinóquio": a Liberdade, porque Pinóquio é um ser livre e que ama a Liberdade; a Igualdade, porque a única aspiração de Pinóquio é ser igual aos outros e porque nenhuma personagem é superior às demais, nem em importância, nem em nível social; a Fraternidade, porque este é o sentimento principal que faz agir as personagens nas diferentes situações.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Jonathan Swift

Nasceu em Dublin, Irlanda, em 1667. Estudou no Trinity College, na capital irlandesa, e transferiu-se para a Inglaterra no final da década de 1680. Trabalhou como secretário, tornou-se escritor de prestígio e um dos maiores diplomatas de sua época. Também foi clérigo da Igreja da Irlanda e deão da catedral de São Patrício, Dublin. Em 1726 publicou Viagens de Gulliver, sua obra mais famosa. Morreu em 1745.
Viagens de Gulliver
Quem lê pela primeira vez a versão original de Viagens de Gulliver, tendo como pano de fundo uma vaga lembrança de adaptações infantis, espanta-se ao constatar que tem nas mãos um dos textos mais amargos do cânone ocidental.
Como observa George Orwell no prefácio incluído nesta edição, o livro de Jonathan Swift, apesar de todo o seu ressentimento e misantropia, é uma obra deliciosa, que permite vários níveis de leitura. É primeiro um livro de viagens - ou melhor, uma sátira aos livros de viagens, tal como Dom Quixote é, entre outras coisas, uma sátira aos romances de cavalaria; para as crianças, é uma história de aventuras, cheia das criaturas fantásticas e do humor escatológico de que tanto gostam; e é um dos marcos iniciais da ficção científica.
Entretanto, o que mais fascina o leitor maduro nessa obra publicada pela primeira vez em 1726 é o olhar implacável que seu autor volta sobre o homem, suas instituições, seu apego irracional ao poder e ao ouro, e sua insistência em prolongar a vida mesmo quando esta só proporciona sofrimento.
Esta edição de Viagens de Gulliver foi organizada pelo professor Robert DeMaria Jr., também responsável pelo texto de introdução e pelas notas, e conta com imagens preciosas, como reproduções da folha de rosto e do frontispício da primeira edição da obra-prima de Jonathan Swift, além de mapas das diferentes terras citadas no romance, inestimáveis para a leitura.

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Claudinha:



Você é uma danada. Já li seu blog, percebo que está se interessando em divulgar eventos acadêmicos atividade que aprendeu na iniciação científica. Parabéns...

A nossa equipe hoje se chama "grupo de pesquisa Ensino de Linguagem, linha de pesquisa: educação, leitura e formação do leitor". Temos fotos ótimas do 6o SEL, depois pegue uma

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Abraço,

Marly


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William
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