18º Cole - Congresso de Leitura
Fonte:
segunda-feira, 14 de março
Estimadas pessoas,
Comunicamos que o 18º Congresso de Leitura do Brasil (COLE) será realizado no período de 16 a 20 de julho de 2012.
As inscrições para apresentação de trabalho e para demais categorias de participação serão abertas no segundo semestre de 2011.
Um abraço
Diretoria ALB
Biênio 2011/2012
.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
17º COLE EM CAMPINAS: LENDO A EMOÇÃO (26 de Julho)
Affonso Romano de Sant'Anna
Olhei aquele ginásio apinhado de gente. Não era um jogo de volei ou basquete. O jogo era outro. Era o jogo da leitura. Mais de cinco mil professores e educadores compartilhando da peleja e do campeonato da leitura.
Era o 17ºCOLE (Congresso de Leitura do Brasil) em Campinas (20 a 24 agosto). Além do Ginásio Multidisciplinar da Unicamp, em outros auditórios, cerca de 5 mil participantes apresentavam 3.002 trabalhos em 384 sessões. Para se ter uma idéia, o Caderno das Atividades e Resumos é um grosso volume de mais de 600 páginas tentando condensar as comunicações. Nunca tanta gente pensou a questão da educação e da leitura neste país. Isto contrasta com a primeira reunião desse mesmo COLE, há 30 anos, reunindo uns heróicos duzentos e poucos participantes.
Vou lhes contando isto aqui, porque nem todo mundo, em meio à profusão de notícias, tem obrigação de saber o que está ocorrendo. Eu diria que a história da leitura no Brasil no século XX passou por três fases. Primeiro, Monteiro Lobato reinventando tanto a literatura infanto-juvenil quanto o modo de editar e comercializar o livro no país conseguindo récordes de venda e leitura. Depois, Mário de Andrade desenvolvendo projetos de leitura na prefeitura de São Paulo e a seguir no Instituto Nacional do Livro. Era a primeira tentativa de fazer o poder público acordar para a questão. E, recentemente, numa terceira fase, ocorreram duas ações fadadas a se tornarem históricas. A exemplo do Associação de Leitura do Brasil, que organiza o COLE e da Cátedra da Leitura (PUC-RJ), a universidade brasileira, acompanhando um movimento internacional de redescoberta e revalorização da leitura, começou a investir em pesquisa e a teorizar sobre as práticas leitoras. Era uma maneira de tirar a leitura do seu ar aparentemente gratuito e ingênuo, conferindo-lhe um significado simbólico transformador da sociedade.
Por outro lado, a criação do PROLER(1991) na Fundação da Biblioteca Nacional significou algo marcante. O governo federal começou a desenvolver sistematicamente ações transformadoras em centenas de cidades. Desencadeou e articulou projetos em estados e municípios assumindo a leitura como uma questão política e social. Inúmeras ações práticas que se desenvolvem hoje no país, de Acre à Bahia, de Mato Grosso ao Rio Grande do Sul, surgiram dos pioneiros e sucessores do PROLER.
Dizia eu respondendo às homenagens que no COLE foram feitas a Bartolomeu de Campos Queirós, Elias José e Hakira Osakabe e a mim, que nossa geração nesses 30 anos tinha participado de uma verdadeira reviravolta na questão da leitura. Uma estória apaixonante, épica e lírica tinha sido escrita. Hoje são milhares de ações e projetos em bibliotecas, em açougue, em borracharia, em ônibus, em favelas, condomínios, hospitais, cadeias e pontos de ônibus. Grupos de especialistas de leitura trabalham com os quilombolas, índios, pescadores, seringueiros, sem terra, soldados, mudos, surdos e cegos. Empresas de grande e médio porte criaram programas nessa linha, ONGs saíram a campo e a leitura entrou na pauta dos administradores, empresários e políticos..
Ainda outro dia, ao falar sobre "A leitura como instrumento de transformação pessoal e social " na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul, -entidade que reúne milhares de empresas e sindicatos- eu lhes dizia que é urgente que os executivos pensem não apenas em "qualidade total", mas em "leitura total". Sem leitura não há desenvolvimento.
Há 20 anos havia três mil municípios sem bibliotecas. E agora, estados como Minas, São Paulo e Rio Grande do Sul praticamente solucionaram esse problema e o governo federal está para anunciar que está complementando ações semelhantes em todo o país
Quando esta crônica estiver sendo lida no domingo (26), já deverá ter sido anunciado que acaba de ser criado o Vale Cultura. Trabalhadores receberão mensalmente 50 reais para gastos específicos com livros, CDs ou ingressos de teatro. Alguém vai dizer, é muito pouco. Claro que é pouco, mas é o primeiro passo simbólico. Isto e inserir a cultura na "cesta básica". Como diziam aqueles astronautas que pisaram na Lua há 40 anos, é um pequeno passo, com significado gigantesco.
Olhei aquele ginásio apinhado de gente. Não era um jogo de volei ou basquete. O jogo era outro. Era o jogo da leitura. Mais de cinco mil professores e educadores compartilhando da peleja e do campeonato da leitura.
Era o 17ºCOLE (Congresso de Leitura do Brasil) em Campinas (20 a 24 agosto). Além do Ginásio Multidisciplinar da Unicamp, em outros auditórios, cerca de 5 mil participantes apresentavam 3.002 trabalhos em 384 sessões. Para se ter uma idéia, o Caderno das Atividades e Resumos é um grosso volume de mais de 600 páginas tentando condensar as comunicações. Nunca tanta gente pensou a questão da educação e da leitura neste país. Isto contrasta com a primeira reunião desse mesmo COLE, há 30 anos, reunindo uns heróicos duzentos e poucos participantes.
Vou lhes contando isto aqui, porque nem todo mundo, em meio à profusão de notícias, tem obrigação de saber o que está ocorrendo. Eu diria que a história da leitura no Brasil no século XX passou por três fases. Primeiro, Monteiro Lobato reinventando tanto a literatura infanto-juvenil quanto o modo de editar e comercializar o livro no país conseguindo récordes de venda e leitura. Depois, Mário de Andrade desenvolvendo projetos de leitura na prefeitura de São Paulo e a seguir no Instituto Nacional do Livro. Era a primeira tentativa de fazer o poder público acordar para a questão. E, recentemente, numa terceira fase, ocorreram duas ações fadadas a se tornarem históricas. A exemplo do Associação de Leitura do Brasil, que organiza o COLE e da Cátedra da Leitura (PUC-RJ), a universidade brasileira, acompanhando um movimento internacional de redescoberta e revalorização da leitura, começou a investir em pesquisa e a teorizar sobre as práticas leitoras. Era uma maneira de tirar a leitura do seu ar aparentemente gratuito e ingênuo, conferindo-lhe um significado simbólico transformador da sociedade.
Por outro lado, a criação do PROLER(1991) na Fundação da Biblioteca Nacional significou algo marcante. O governo federal começou a desenvolver sistematicamente ações transformadoras em centenas de cidades. Desencadeou e articulou projetos em estados e municípios assumindo a leitura como uma questão política e social. Inúmeras ações práticas que se desenvolvem hoje no país, de Acre à Bahia, de Mato Grosso ao Rio Grande do Sul, surgiram dos pioneiros e sucessores do PROLER.
Dizia eu respondendo às homenagens que no COLE foram feitas a Bartolomeu de Campos Queirós, Elias José e Hakira Osakabe e a mim, que nossa geração nesses 30 anos tinha participado de uma verdadeira reviravolta na questão da leitura. Uma estória apaixonante, épica e lírica tinha sido escrita. Hoje são milhares de ações e projetos em bibliotecas, em açougue, em borracharia, em ônibus, em favelas, condomínios, hospitais, cadeias e pontos de ônibus. Grupos de especialistas de leitura trabalham com os quilombolas, índios, pescadores, seringueiros, sem terra, soldados, mudos, surdos e cegos. Empresas de grande e médio porte criaram programas nessa linha, ONGs saíram a campo e a leitura entrou na pauta dos administradores, empresários e políticos..
Ainda outro dia, ao falar sobre "A leitura como instrumento de transformação pessoal e social " na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul, -entidade que reúne milhares de empresas e sindicatos- eu lhes dizia que é urgente que os executivos pensem não apenas em "qualidade total", mas em "leitura total". Sem leitura não há desenvolvimento.
Há 20 anos havia três mil municípios sem bibliotecas. E agora, estados como Minas, São Paulo e Rio Grande do Sul praticamente solucionaram esse problema e o governo federal está para anunciar que está complementando ações semelhantes em todo o país
Quando esta crônica estiver sendo lida no domingo (26), já deverá ter sido anunciado que acaba de ser criado o Vale Cultura. Trabalhadores receberão mensalmente 50 reais para gastos específicos com livros, CDs ou ingressos de teatro. Alguém vai dizer, é muito pouco. Claro que é pouco, mas é o primeiro passo simbólico. Isto e inserir a cultura na "cesta básica". Como diziam aqueles astronautas que pisaram na Lua há 40 anos, é um pequeno passo, com significado gigantesco.
terça-feira, 10 de maio de 2011
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6. SEL SEMINÁRIO EDUCAÇÃO E LEITURA
Foi o maior sucesso! o nosso encontro reuniu diversas pessoas, pesquisadores, professores, estudantes, escritores,amigos. Um mundo de diversidade cultural e profissional. Agradecemos a presença de todos os estados do Brasil e de alguns países. Foi um prazer enorme compartilhar tantos momentos gratificantes e educativos com toda a equipe da organização. Vamos torcer para que o 7 sel possa ser tão prazeroso como este. Feliz 2011!!!!
Claudinha:
Você é uma danada. Já li seu blog, percebo que está se interessando em divulgar eventos acadêmicos atividade que aprendeu na iniciação científica. Parabéns...
A nossa equipe hoje se chama "grupo de pesquisa Ensino de Linguagem, linha de pesquisa: educação, leitura e formação do leitor". Temos fotos ótimas do 6o SEL, depois pegue uma
para você atualizar no blog.
Abraço,
Marly
6. SEMINARIO EDUCAÇÃO E LEITURA
BOAS FESTAS!
FELIZ 2011!
Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém.
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim,
e ter paciência para que a vida faça o resto.
William S.
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim,
e ter paciência para que a vida faça o resto.
William S.